segunda-feira, 31 de agosto de 2009

as vezes é preciso cair, pra ser mais forte e perder, pra dar valor. o remorso me coroe, hoje vi que pra alguns nem humana eu sou, fiz coisas erradas, julguei demais. o amor nos cega, mas o ódio também, depois da tempestade nós vemos o quanto erramos e nos precipitamos, não temos todas as respostas do mundo pra poder apontar no outro o que não nos agrada. a gente esquece que assim como pré julgamos, podemos estar sendo pré-julgados. fiz coisas que me arrependo, às vezes tenho vontade de pedir perdão, queria poder mudar a minha historia, reeditar certas coisas, apagar outras. mas tudo que acontece por mais difícil que possa parecer, não é nada mais do que pequenas lições que a vida nos da. quantas vezes nos pegamos em situações que parecem não ter mais solução e só depois do ocorrido nos damos conta que era apenas um tropeço da vida. eu nunca usei a palavra perfeição como adjetivos da minha personalidade muito pelo contrario creio que a perfeição não exista. mas se existir ela é muito chata, pois a beleza das pessoas está nos seus pequenos defeitos e fragilidades é isso que forma a nossa essência. e é isso o que nos atraem, nós procuramos nos outros os que nos falta tanto pro bem quanto para o mal, por isso quando as pessoas me apontam defeitos, eu tento ver o lado positivo (sempre tem um lado positivo) ela me julga porque talvez ela não tenha a força que eu tenho de realizar coisas que parecem estranhas ou difíceis. portanto me aceito com defeitos e desvantagens, o igual não é o mais legal, o bom é ser diferente e se aceitar assim..

domingo, 30 de agosto de 2009

cansei de sorrir, cansei de gritar, cansei de chorar, cansei de falar, cansei de tudo, ao ver que tudo que fiz tudo foi em vão. coisas revi, outras esqueci, umas ainda me lembro, soube que diferenças são essenciais pra sabermos o valor de ser normal, soube que amar é bom, e que os ventos nos trazem o que mais desejamos, mesmo que tardio, contudo decisivos. soube que limites não são fronteiras, e que limites não existem para o que se deseja. lembranças? fundamentais para uma vida, contudo nem sempre necessárias. soube que por amar, prendemos, e que prender não é sinal de segurança, mais sim o seu verdadeiro e mais real oposto. e que mesmo que haja amor, há desconfiança, mais devemos mostrar que somos valorosos para podermos ser amados. fazemos coisas que por mais simples podem revolucionar, e que revoluções não são sinônimos de eventos grandiosos, mais sim oportunidades de pensarmos em mudarmos completamente, e que mudar não significa ser de outro jeito ou se tornar de outro jeito, mas sim à aprendermos a admirar e respeitar as diferenças, e que por mais normal que seja, não há cotidiano na mais singela normalidade. queremos ser o que não somos, mudamos, revolucionamos nós mesmos, tratamos de cuidar de nós mesmos, e que aprendemos que cooperar é bom, contudo que as vezes ser egoístas por pensarmos em nós mesmos é melhor ainda, contudo ao sabermos que podemos, nos viciamos. e temos que aprender que vício são inevitáveis em um mundo em que aparências são essênciais. mas podemos viver de um modo completamente diferente, aceitando as piores críticas e os mais diversos preconceitos, e mesmo assim aprender a respeitar aqueles que não lhe respeitam, porque preconceito é sinônimo de não ter conhecimento, julgamos pelo que aparentamos ser, não pelo que somos. e que por mais que o preconceito seja um sentimento tardio em nossos tempos ele se torna importante para servir de caminho nos mais diversos caminhos da aprendizagem, evolução e aceitação de quem somos. nascemos assim, vivemos assim, morremos assim, e por mais que mudemos, por mais que evoluímos, por mais que crescemos, por mais que presenciamos diversos momentos e com cada um aprendendo novas lições, ao final do dia, nos perguntamos o que aprendemos e nunca sabemos o que responder, por que não aprendemos, mais sim aceitamos coisas do qual não queríamos aceitar. choramos no ímpeto de chorar, vivemos no mais profundo desejo, crescemos na mais singela infancia, amadurecemos no mais tortuoso sofrimento, mudamos constantemente, pensávamos que coisas ruins não acontecem com a gente, que ídolos não deixam de brilhar, que heróis não morrem, que pessoas normais são sim capazes de fazer a diferença. que sucesso não fazemos por nós, mais por aqueles que te olham e que te veêm como algo inexplicável. algo que não se explica, se sente, se sonha, algo com que sabemos que existe, contudo vivemos no mais imaginário momento. conquistamos prêmios, cantamos canções, demos gargalhadas naquele mais intenso e alegre segundo ou talvez até momentos, vivenciamos lutas por aqueles que amamos, por aqueles que sofrem e que não podem se defender, e viramos heróis por aqueles segundos que fizemos algo inexplicável, ou ao menos falamos palavras que foram capazes de mudar tudo ao nosso redor. um mundo dividido, não entre o pobre e o rico, não entre o branco e o negro, não entre o fã e o ídolo, não entre o chefe e o submisso, mas sim entre aqueles que sonham entre aqueles que decidem que é hora de fazer. e que fazer é complicado mas que devemos tentar e sabermos como é se sentir realizado, mesmo na hora que vivenciamos a derrota, sofremos por perder algo que tínhamos como precioso quando aprendemos que precioso não é algo que se têm valor, mas algo com que já não vivemos mais sem a tua presença. morremos na glória de uma vida completada, talvez uma vida sofrida, outra cheia de momentos ilustres, alguns inesquecíveis, outros que lhe foram convenientes esquecer e outros que nunca nos sairão da memória. e sempre nos lembraremos de um nome, que fez o que quis contudo pensando em suas consequências e que ajudou a fazer não um mundo melhor, mas um mundo diferente. eu me sinto honrado por ter sido escolhido pelos céus para ser invencível. Michael Jackson

sábado, 29 de agosto de 2009

parece que foi ontem que vi seu rosto, você me disse o quanto estava orgulhoso, mas eu fui embora. se eu apenas soubesse o que sei hoje, eu te seguraria em meus braços e afastaria toda a sua dor. não há nada que eu não faria para ouvir sua voz, as vezes eu quero te chamar mas eu sei que você não estará lá. me desculpe por as vezes te culpar. por tudo que eu não consegui fazer, por te fazer chorar, por tudo que eu não consegui explicar, e eu feri a mim mesma ao ferir você. alguns dias eu me sinto destruída por dentro, mas eu não vou admitir. às vezes, eu apenas quero esconder. porque é de você que eu sinto falta. você me diria que eu estava errada? você me ajudaria a compreender? você está orgulhoso de quem eu sou? se eu tivesse apenas mais um dia eu lhe diria o quanto sinto sua falta desde que você se foi. é perigoso, é tão inseguro tentar e voltar no tempo. onde está você agora?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

é estranho como sinto saudades de você, é estranho como eu me sinto quando você fala comigo, mas é incrível o jeito como você fala comigo, me trata, diz que me ama. meu coração dá pulos gigantescos, é difícil explicar o que sinto por você parece que quando se trata de você as palavras fogem, somem, desaparecem. mas o mais bonito disso tudo é o quanto a gente se ama, o quanto a gente se quer bem, não é uma briguinha ou outra que vai fazer isso tudo acabar, ter um fim. hoje eu tenho certeza que não saberia viver sem você, sem as suas palavras, suas brincadeiras, até mesmo sem as nossas “brigas” sei que isso ajuda muito para fortalecer o nosso amor! as pessoas dizem que é meio impossível gostar de uma pessoa que você só viu uma vez na vida, mas que nunca tocou que está há quilômetros e quilômetros de distancia de você. mas nenhuma delas entende como eu me sinto. nenhuma delas sonha contigo, nenhuma delas escuta as palavras que eu escuto de ti. e sério, nunca vi alguém pra me deixar sem ar como você. o que eu sinto por você é amor, e eu quero mais que tudo na minha vida ter você pra mim, só pra mim, poder te tocar dizer o quanto eu te amo olhando nos seus olhos, ver o seu sorriso lindo. quero me perder nos seus olhos, quero olha-los e talvez se permitido for, permanecer neles pra sempre. você chegou e mudou meu mundo, fez com que coisas simples se tornassem grandiosas contigo, fez com que um simples sábado se tornasse uma cena de filme de romance, eu quero, eu peço para ter suas mãos entrelaçadas nas minhas! eu só peço que nunca me deixe, que nunca me esqueça, e que nunca duvide do meu amor por você, eu te amo além da vida, além do amor, além de tudo e todos.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

eu sei que por muitas vezes você perdeu o fôlego só por estar ao lado dele, e deseja impacientemente que a sua perda de fôlego hoje fosse pelo mesmo motivo, ao invés de ser pela falta que ele te faz. eu sei que quando você olha para algum canto da sua casa em que ele esteve ou em que você esteve com ele, bate um aperto no peito. eu sei que todas as vezes que o telefone toca perto das nove, você deseja que seja ele. eu sei que em algumas noites você deseja com toda a sua força que o sono venha, porque você não suporta mais pensar que não o verá no dia seguinte. eu sei que você fica pensando naquele sorriso doce, que só ele tinha, no jeitinho que ele balançava o cabelo, e na forma toda desleixada dele andar. eu sei que ás vezes você se pega imaginando cenas onde você e ele estão juntos e felizes novamente. eu sei o quanto você sente falta daquele abraço apertado, e também sei que você faria de tudo para sentir ele só mais uma vez. sei que tem vezes que você fecha os olhos e parece que está beijando ele novamente, como se fosse a primeira vez. eu sei MUITO bem o quanto você sente falta dos beijos dele. sei de tudo isso e mais um pouco. sei que você se preocupa com o jeito que sai de casa, porque sai pensando que por um deslize, você o encontre na rua. sei que você é capaz de tudo pra ter ele de volta. aqueles defeitos irritantes que só ele tinha, aquele jeito teimoso, e aquela mania de sempre querer te tirar do sério, eu sei da falta que isso faz. eu sei que você revive cenas, volta no tempo, deseja que seu passado se torne presente mais uma vez. e eu sei a dor que você sente quando descobre que seus planos de um futuro ao lado dele, não serão mais realizados. eu sei o quanto as lembranças insistem em aparecer na sua mente. eu sei que cada detalhe, cada lugar, faz você lembrar dele. eu sei que você se proibiu de abrir aquela caixa com: bilhetes, papéis, cartas, fotos, enfim, memórias. mas eu sei também que você acabou fazendo o contrário, que já se viu abrindo a tal caixa diversas vezes, que ao fazer isso bateu uma saudade gritante no seu peito. aquela música que ele cantou pra você, a mesma música que tocou na primeira vez que vocês se beijaram, a música que era só de vocês, eu sei que você se proibiu de escutá-la. eu sei que em algum dia você sentiu no ar aquele perfume que só ele tinha, e que ficou olhando para os lados na esperança de vê-lo novamente. eu sei a falta que você sente do cheirinho dele. eu sei como você sente falta dos amassos no sofá, no cinema, ou em qualquer lugar, e dos mil jeitos de esconder isso dos outros. eu sei da confiança que você tinha nele. sei das palavras de conforto que ele te dizia, que nem eram tão extraordinárias assim, mas que pra você soavam com o melhor poema do mundo. eu sei que você fica relembrando aquelas conversas, que até um tempo atrás pareciam ser tão inúteis, mas que hoje fazem muita falta. sei da dor que você sente, só de imaginar, que ele pode estar sendo feliz com outra pessoa. seja pela falta, pela dor, pelas lembranças, pelos sonhos, eu sei muito bem das lágrimas que você já chorou, e que infelizmente, ainda vai chorar. eu sei e como eu sei. também sei que você já cansou de encontrar jeitos para esquecê-lo, e que você talvez já se convenceu que nunca irá esquecer. sei que você já buscou em outros rostos, outros corpos, uma forma de esgotar essa falta. mas eu também sei que no final você viu que isso só aumentou seu sofrimento, e que assim, descobriu que seu amor é realmente único, e insubstituível. e eu sei que parece que ninguém entende o que você sente, e que tudo o que te dizem soa como 'mais alguma coisa' para teus ouvidos. eu sei que no meio de tantos amigos, risadas, momentos, você se sente perdida, e que trocaria tudo pela companhia daquele menino. eu sei o quanto você sente falta de fazer nada ao lado dele. eu sei o quanto ele te dava atenção, e o quanto ele te fazia se sentir única, e amada. eu sei que você torce para seu celular tocar, e que seja ele dizendo que está com saudades e que quer muito voltar pra você. eu sei que você espera todos os dias para receber de volta aquela mensagem: 'tenha um bom dia minha linda'. eu sei que você abre diversas vezes o seu email esperando encontrar algum oi que seja. eu sei o quanto você gostaria de ouvir só mais uma vez um 'EU TE AMO'. eu sei como você amou esse garoto. e eu sei também, e mais do que ninguém, o quanto você ainda ama esse garoto.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

todo esse tempo que eu estava desperdiçando, esperando que você viesse. eu estive dando chances todo o tempo, e tudo o que você fez é me deixar pra baixo. e me levou esse tempo, mas eu descobri. e você acha que isso vai ficar bem de novo, mas não. você não tem que ligar mais, eu não vou atender o telefone essa é a última palha, não quero me machucar mais. e você pode dizer que você sente muito mas eu não acredito em você, como eu acreditava antes, você não está arrependido. parecendo tão inocente, eu acreditaria em você se eu não te conhecesse. poderia ter te amado por toda a minha vida, se você não tivesse me deixado esperando no frio. e você teve seus segredos, e eu estou cansada de ser a última a saber e agora você está me pedindo para escutar, porque isso funcionou a cada vez, antes. você não tem que ligar mais, eu não vou atender o telefone essa é a última palha, não quero me machucar mais. você me teve rastejando por você, querido e isso nunca teria ido embora, não. você costumava brilhar tão forte, mas eu vi tudo isso se apagar. então, você não tem que ligar mais, eu não vou atender o telefone essa é a última palha, não há mais nada para implorar. e você pode dizer que você sente muito mas eu não acredito em você como eu acreditava antes.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

há quem diga, que a distância atrapalha e que por causa dela, não exista, mas é por causa da distância, que os beijos começam a ser sonhados, e os abraços tão esperados. os encontros tornam-se desejos. e o coração, torna-se um só. a solidão pode até bater na sua porta uma ou duas vezes, mais a certeza de ter um ao outro, acaba com qualquer solidão. e assim, os planos começam a ser feitos, com a certeza de que serão cumpridos! e ao pensar que estamos distantes, é como se estivessimos juntos, o tempo inteiro. as palavras valem muito, valem tudo, quando são ditas com a certeza da resposta. a felicidade é grande, mais não é medida por dias, nem por anos, mais sim por instantes. pode haver quilômetros de distância entre nós, mais o amor consegue ser um bilhão de vezes maior. a distância é algo que só quem consegue superar, pode entender, entender o valor de um verdadeiro amor! mas acaba valendo a pena, mesmo as coisas não tendo chegado aonde você queria que chegasse, cada segundo foi único e jamais nenhum outro será igual. nunca se arrependa de nada, por mais que as coisas não tenham saído como planejou, por mais que tenha errado sem saber que estava errando, fosse com si mesmo ou com outros. cada experiência é única, sendo ela boa ou ruim, sempre vai servir pra te dar lições e te ensinar como agir da próxima vez..

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

eu sempre fui o tipo de garota que adora brincar. sempre zoei muitas vezes, sempre brinquei com todos meus amigos. todos que me conhecem, até na primeira vez, conhece a Kamila brincalhona, que engole as coisas, e procura sempre dar o melhor de si. depois que me conhecem, passam a ver a Kamila super protetora, a super ciumenta, a nervosa quando mechem com meus amigos e a Kamila amiga, que aconteça o que for sempre vai tá do lado dos amigos e aprendem a ver, que quanto mais eu engulo pior é a hora em que eu não aguento mais, eu falo sem ver, eu não ligo pro que achem depois, eu falo mesmo tudo na cara. muitas vezes eu errei, muitas vezes eu julguei errado, eu tive atitudes erradas sem pensar, eu planejei algo muito errado contra muitas pessoas. mais muitas vezes também, eu acertei muito em minhas julgações, acertei nos meus planos, acertei muitas vezes em seguir minha intuição. e hoje eu sigo minha razão, ela em primeiro lugar, pra depois ouvir o que o coração tem a dizer. algumas pessoas, podem até me achar bobinha, pode me achar fraca. pois espero que continuem achando, e espero que se surpriendam com o que podem ver. mais tento não mostra muito às pessoas, o meu lado ruim, porque esse lado ruim, pode ter certeza que é o pior. meu lado bom, ah ele é ótimo, porque eu sei como eu sou, eu sei até onde eu posso ir. podem confiar, podem desabafar esperando conselhos, podem conversar querendo uma amizade. eu sou muito amiga, e seria capaz de qualquer coisa pelos meus amigos. e por isso eu sempre me intrometo pra defendê-los. porque simplesmente não gosto de ver amigos meus brigando, e eu quieta, parada sem ajudar. mecheu com eles? mecheu comigo. quer saber meu ponto fraco? meus amigos! não tenho o mínimo medo de dizer, porque quanto mais mechem na minha ferida, mais eu me torno imune a ela. em relação a bobinha, continuem assim, porque eu adoro ver que os outros não me conhecem realmente. eu adoro me sentir muito mais forte do que outras pessoas aqui. adoro ver o quanto eu tenho caráter que alguns nem sabe o que é isso. queria que soubessem, que eu sei ser amiga, mais sei também ser inimiga. sei ser vingativa, sei ser cruel, sei ser vadia, sei ser tudo de ruim. posso parecer santa, mais tenho muita maldade no olhar, e sei ver quem são os falsos e os verdadeiros. sei julgar sem conhecer, e muita das vezes acabo acertando. eu não me acho, eu sou humilde, eu só apenas me conheço e sei meus limites, sei até onde eu iria, e sei dos meus objetivos. e ah, eu a-d-o-r-o ver as amigas dos meus amigos, me xingando. nossa adoro ver que elas são tão submissas a mim, e adoram baixar o nível. graças a deus sou de um nível bem diferente do delas. e quero ver, todas elas, vim falar na minha cara e depois aguentar a pressão.

domingo, 23 de agosto de 2009

ele nunca me contou como realmente se chamava, mais todos o conhecia como Keelp, já imaginei milhares de nomes com esse prefixo, mas sinto que não cheguei perto da realidade. a realidade, essa é a palavra que andei procurando, a palavra que andou se escondendo. Keelp nunca conheceu realmente a realidade, sempre teve um mundo paralelo, e se sentia feliz assim, então nós meros suditos de sua beleza, tinhamos medo de discordar, afinal ele sabia o que dizia, se não sabia enganava sem qualquer falha! ele me fez acreditar que um olhar tinha muito mais a contar que um livro, é por isso que eu sempre disse que ele tinha talento, mas ninguem nunca acreditou em mim, nem ele. não me lembro ao certo como o conheci, eu sempre o via passar por aqui, ele atraia todos os olhares inclusive o meu. ele visitava minha mente todos as noites e trazia com ele, um pouco de insonia. minha mãe não gostava que toca-se em seu nome, eu sabia que ela temia Keelp e isso ao invez de me afastar, subtamente me intrigou, me interessou e me aproximou. quando vi, já estava ao papos com Keelp, os assuntos surgiam de toda parte, da descida do morro da esquina, do ultimo degrau da escada, do banco da praça, ele me contava as coisas mas me escondia outras mas o divertido com certeza ira imaginar o que ele escondia, seus mistérios me deixavam mais presa do que no ultimo capitulo da novela, ele tinha poder sobre mim, sua beleza me indagava, seu sorriso me enfeitiçava, e eu só tinha vontade de ficar ouvindo-o. aprendi muita coisa com esse jovem homem, ele tinha mais experiência do que a maioria das pessoas que convivi ate então, eu podia sentir isso. essa intensa amizade não durou muito, você sabe como são vizinhos. desde então só o vejo pela janela, sair todas as noites antes das onze, é hora marcada, compromisso para mim. ver Keelp sumir na esquina da rua, ainda é um mistério, para mim seu destino, e agora para você também!

sábado, 22 de agosto de 2009

não sei, não sei. talvez tudo fosse mais fácil se ao invés de escrever meras palavras, eu apenas pensasse. tudo me cansa, tudo me causa êxtase e tudo me deixa entorpecida. as coisas não são fáceis quando coexistem dentro de uma só pessoa inúmeras coisas e inúmeras vontades, não é um mero clichê de luta por aceitação e imposição é algo com sentido, que enlouquece e perturba. é chato e exaustivo olhar ao redor e ver as mesmas coisas, tão podres e secas, tão mortas e exauridas. nada é o mesmo, nunca foi. é toda essa confusão de sentimentos que compõem as faces de tanta inconstância e de tantas mudanças. se fitar os raios de sol de uma bela manhã ou deixar gotas de água da chuva tocar minha pele, resolvessem meus problemas, talvez eu não sofresse, talvez eu vivesse. não me aceito, não me aceitam, você não me aceita. isso é o que vem de dentro de mim e transcorre por meus dedos. não é fácil, não é complicado, não é nada. é justamente esse o ponto, as coisas estão mortas, os sentimentos confusos, a vida paralisada e o corpo cansado e entorpecido. tudo não se encaixa e tudo não é mais o mesmo, nada se encaixa e nada é mais o mesmo. o que eu penso ser, na verdade é uma doce ilusão e eu acredito. não acredito por que o certo é este, acredito por que convém. não a mim, mas ao resto. todo esse sistema, toda essa inconstância e toda essa sobrevivência diária me deixam estupefato, me excluem. não quero olhar em olhos cheios de mentiras, não quero viver de falsas esperanças, não quero ter que pronunciar as mesmas palavras por meus lábios frios e secos. meu corpo está fraco, meu coração está cheio de felicidades instantâneas, minha mente e alma estão fora do equilíbrio. não é por que eu deixe tudo isso acontecer, ou por que eu lute. eu estou sofrendo de desistência, estou sofrendo de desânimo e sofrendo de sofrer. é tudo tão repetitivo que não entendo coisas simples, devaneio coisas complexas e alimento em mim coisas que não sei se necessito. volto ao pensamento inicial, eu preferiria pensar ao invés de escrever, mas prossigo. percebi que não estou sozinha, mas por que eu ainda insisto em estar? não sei a resposta, não me entendo, mas compreendo. não é tão rotineiro estabilizar, menos ainda socializar. as coisas, as pessoas e as vidas se fecham ao meu redor, são espetáculos programados fechando suas cortinas ao fim, aplausos silenciosos. não há mais por que enganar, não há mais porque mentir, não há mais por que odiar. se eu fosse ainda mais ousada perceberia que estou confusa, mas quero estar assim, por que ao menos em confusões eu me acho e me acolho. nada mais coexiste, nada mais necessita e eu sou só mais uma louca. amor e dor, sonhos e cores, libélulas dançantes e canções de ninar. nada mais é como antes e não há como voltar atrás. o tempo é decisivo, tudo está sem nostalgia. sinto-me fria, me sinto quente, essa instabilidade e inconstância me deixam sempre dormente. então eu apago..

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

era dia 7 de outubro, Ana se lembrava bem. como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. um convite novo. ‘aceite’, pensou ela. foi por sua intuição, sempre ia. era um garoto, chamado Bruno. os dois começaram a conversar. com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo.tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. o garoto morava em Londres. a garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra. eles começaram a conversar mais e mais. cada dia mais, cada vez mais. a mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. a garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. mas assim que acabava, ligava logo o aparelho. era também o caso de Bruno. o garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o messenger aberto. desligava a tela do computador, e fazia a lição. sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos. os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. no começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro. e foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. o que os dois tinham era maravilhoso. uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. nem mesmo na ‘vida real’. eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. isso requer, realmente, muita confiança. e eles se amavam. quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. elas conseguiam sentir o amor. eles estavam completamente e irrevogavelmente apaixonados. não havia nada que mudaria aquilo. o tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. a garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. eles provaram que estava errada). todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. a acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. passaria um dia lá, pois viajaria. eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo. - vou ficar dependente de você. sei que você é uma droga pra mim, é viciante. então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. a gente vai se reencontrar. e ai, vamos ficar juntos pra sempre. ela disse e o abraçou. com mais força do que já abraçou outra pessoa. e o garoto se contentou em encostá-la. ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. eles IRIAM se encontrar. e IRIAM passar o resto da vida juntos. ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital. o tempo passou rápido quando eles estavam juntos. se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir. o tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única? você foi idiota, você sabe disso, né? – a garota dizia, sempre culpando Ana. mas ela sabia o que era melhor pra ela. já tinha cansado de explicar para Marcela. não explicaria mais uma vez. haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam. eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada. Ana se chocou com isso. por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ela. Mms ela não era a maior fã de pensamento. isso a fez mal. - Any, deixa de ser besta. você o ama, até eu posso perceber isso! e você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga. - eu sei, Marcela, mas... ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! por mim! – Ana disse – e pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse. - Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – você não sabe quantas meninas invejam você. não sabem mesmo. eu, por exemplo, te invejo demais. daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. é um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. deixa de ser idiota. - você é um amor, sabia? Marcela, não sei. não dá. eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim. Marcela bufou. porque a amiga tinha que ser tão burra? meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. ela esperaria o namorado chegar. a garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. mas ela não queria inveja. queria seguir o seu coração. quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. o ano. chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás. ela negou o beijo mais uma vez. o namorado ficou sem entender, mas aceitou. - olha, eu tenho que conversar com você. - diga. – Bruno sorriu. - quando você me disse ‘vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. mais feliz que já fiquei há muito tempo. mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno. - eu sei. pelo melhor motivo na face da Terra. - não, não é. eu sinto que eu não to sendo justa com você. e sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. eu não sei se eu faria o que você fez. eu acho que não. eu sou egoísta demais, eu não sei. não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. e, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – a garota disse e virou as costas. foi andando para a sua casa. e ao contrario de momentos tristes clichês, não estava chovendo. o céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante. para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. a garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava - indo logo para a casa da amiga. ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto. Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança. - Any! o que foi, amor? – a garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama. - o Bruno! – Ana não conseguia falar direito. por essa mini-frase Marcela tinha entendido. não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. agora era Ana. a garota aprendeu a viver com a dor. passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser. Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. nunca iria mudar. Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo. um carro. dia chuvoso. pista dupla. um caminhão. visão confundida. bebida em excesso. no que isso poderia resultar? não em uma coisa muito boa, com certeza. o caminhão bateu de frente com o carro de Ana. ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. o seu noivo, por sorte, estava em Bolton. foi avisado, depois os pais, Marcela. e por ultimo, Bruno. ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele. como estaria Ana? a SUA Ana? ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. ela sempre seria dele, amiga ou namorada. seria dele. achou o quarto em questão, 842. abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. ele chorou. não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. as lágrimas caiam com força. ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer. ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.- ah, cara... – Ana chegou se lamentando.- que foi, Any? – Bruno sorriu.- eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... é difícil demais! - eu sei bem como é... porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – eu sei que você adora tirar fotos. - Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo. se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer. - ah, que susto, doutor. – Bruno se virou. - desculpe. você é Bruno, certo? - certo. - bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – nesse caso, eu sinto muito. para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo. a lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração. como poderia viver em um mundo sem Ana? saiu do lugar. não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera. - já foi vê-la? – perguntou Bruno. o noivo negou com a cabeça. ele saiu andando, saiu do hospital. foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. uma para os pais. uma para Ana. e uma sobre os desejos que tinha. ele tomou um remédio depois disso. e dormiu, lenta e serenamente, dormiu. não acordaria mais. quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. estava morto. em cima da mesa, 3 cartas. um recado para ele: "eu não gosto de você. nunca vou gostar. mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. a carta que está em cima das outras. após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. e quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais." assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. não acreditou, e nem precisava. correu para o hospital em seu carro. ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. eles sorriam e choravam; ela não entendeu. foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. ela pegou a carta e leu, então. "meu amor, bom dia. é hora de acordar. eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. por isso deixei essa carta. sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. e eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. a minha hora chegou quando seu fim estava próximo. eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. desta vez não me chamou, quis resolver sozinho, eu não podia deixar. eu resolvi dar um fim então. eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. mas porque agora? eu não sei. mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. agora eu tenho que ir, meu amor. esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. é o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. é o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. por favor, cuide bem dele. agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. eu vou estar sempre contigo. eu te amo! PS: não sei se vou conseguir te acordar amanhã. você me perdoa por isso?" então ela chorou. chorou e abraçou os pais, os pais dele. chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. terminou o noivado naquele dia. não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. o homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. em qualquer momento. ela chorou muito, e seguiu a vida. todos os dias ela lembrava de Bruno. viver em um mundo sem ele não fazia sentido. mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. ela podia sentir seu coração batendo. ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso. ela sentia falta daqueles beijos. dos beijos que foram negados. mas ela foi feliz. morreu com seus oitenta e tantos anos. mas era sempre feliz. afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.