quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

será que quando você esta só você pensa em mim, como eu penso em você? será que ao acordar você não vê a hora de me ver, assim como eu? o seu adeus me deixou duvidas para quais não existem respostas, me lembro que um dia olhando nos seus olhos eu lhe disse que te amava, mas hoje eu já não sei, porque nem sequer sei se o amor existe. mas se não for, o que será isto? talvez necessidade, ou até mesmo saudade, será que se você estivesse aqui perto eu sentiria tudo o que sinto, e do jeito que sinto? hoje a minha casa se tornou o pior lugar do mundo, simplesmente porque hoje eu sei que vou chegar e você não estará lá, é difícil ficar olhando as paredes e imaginar que um dia eu te beijei ali, talvez eu preciso me mudar, ou talvez eu preciso mudar, na verdade o que eu preciso mesmo é me mudar para o lado da sua casa, e forçar um encontro, mas... deixa pra lá. se esta saudade fosse como as outras, mas é diferente, a saudade que eu sinto por você deveria ser tratada como um sentimento novo, de tão forte que ela é. e você? será que você sente minha falta? será que antes de se deitar você reza por mim como eu rezo por você? e será que ao se deitar fica pensando em mim pra ver se sonha comigo? às vezes acho que nem quero saber. vontade é o que eu sinto agora, o resto é frescura, então dê um fim a esta vontade amor, apenas me beije, de qualquer jeito, com sentimento ou não, foda-se se você estiver desarrumado, foda-se a hora, venha aqui, e me beije, apenas me beije como se fosse a ultima vez, foda-se a sua namorada, diga para sua mãe não se preocupar com a hora, eu te levo pra casa, mas venha, apenas venha... porque hoje eu preciso muito mais de você do que ontem, e amanha precisarei mais ainda, então venha amor, venha...

sábado, 26 de dezembro de 2009

hoje eu quero agradecer a todas as pessoas que passaram pela minha vida até agora. quero agradecer aquelas que me deram amor, que sorriram pra mim quando eu precisava, que afagaram meus cabelos enquanto eu chorava, que me indicaram os caminhos, que seguraram minha mão e disseram: 'vai em frente' quando eu dizia 'não consigo'. agradecer aqueles que duvidaram de mim, que disseram que eu não era capaz e que deveria desisti, afinal foi por causa dessas pessoas que eu venci meus limites, que desafiei os acontecimentos e circunstancias. foram essas pessoas que me impulsionaram a ser quem sou. agradecer a todos os sonhadores, que mesmo falhando me convenceram que valia a pena tentar. aos que me deram atenção e aos que me negaram também, isso facilitou distinguir os amigos dos conhecidos. agradecer aos que me ajudaram a estudar e aos que sempre me atrapalharam com suas conversas, piadas e travessuras. sem estes, os anos de banco escolar não fariam sentido, afinal, é deles que saem os grandes amigos, as melhores festas, o primeiro amor. agradecer aqueles que me repreenderam severamente, que me podaram o sentimento, que me traíram, que me trocaram por outras pessoas, que me fizeram chorar, que me magoaram que me tiraram o chão, que me desfiguraram os sonhos, pois com essas pessoas conheci a face da dor e da desilusão e pude aprender tudo o que não se deve fazer para alguém. mas, acima de tudo, quero agradecer aquelas pessoas amargas, corruptas, egoístas, traiçoeiras, invejosas, torturadoras, manipuladoras, sem caráter, que cruzaram o meu caminho, pois com essas pessoas eu aprendi a lição mais importante da minha vida: o tipo de pessoa que não quero ser.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

eu ja pedi pra voce dizer que me ama só pra eu me sentir melhor, já pedi pra voce sumir só pra voce me dizer que nunca conseguiria fazer isso. já contei minhas maluquices, meus defeitos, meus medos, minhas fraquezas, só pra ver se voce para de dizer que eu sou perfeita. eu ja andei milhas pra te provar que eu me movo mundos por voce. ja fiz planos pra nós dois. ja escrevi teu nome no meu caderno, ja pedi pro céus voce aqui comigo, ja beijei alguem lembrando do teu beijo, ja chorei de saudade, ja mandei voce se fuder pra voce ver que eu nao sou tão boazinha assim. já te arrumei confusão, ja fiz voce escolher entre o sim e o não, entre eu ou ela, e voce nunca me tirou a razão. voce não me critica, não me julga. entre sua idiotice e incerteza existe a perfeição. nao vou dizer que desisti, porque se o telefone tocar eu vou atender, se voce dizer que me ama eu vou sorrir, se voce se explicar eu vou entender. mas voce pode não voltar, pode algum dia dizer tudo que eu temia, e eu vou te perder no final. o final que nem ta tão longe assim. vou perceber que foi burrice ter acreditado que a sua voz seria o som do meu verão, e que eu iria poder dizer tudo que eu nao consegui dizer da ultima vez. voce pode simplesmente não dizer nada e o teu silencio me matar mais que mil palavras, e eu vou ter que lutar contra os dias, implorando cada noite pra voce sair do meu pensamento. vou ter que conter a vontade de segurar tua mão e caminhar pelo mar igual aquela noite maravilhosa de lua cheia. vou ter que parar de querer o que eu mais quis. mas não se preocupe, porque quando isso acontecer eu ja tenho pra quem correr. eu vou ouvir cada vez mais aquela musica, eu vou chorar escondida ate de mim mesma, eu vou pegar tua foto que eu escondi no fundo da gaveta, e vou escrever varios textos. vou fuçar no teu orkut, vou reler tuas mensagens, e chorar mais ainda ao lembrar do teu olhar, da tua voz. mas depois eu vou sair, vou colocar aquela camiseta do rolling stones e vou me acabar no rock. vou fumar um caltoon vermelho pra tirar a minha saudade, e beber uma cerveja e vou sorrir. vou ouvir meus amigos me zuarem e vou sentir a felicidade de novo. vou beijar um putão de esquina pensando em voce, vou chorar no colo de alguma das minhas amigas pedindo desesperadamente um abraço teu, vou te ligar dizendo que nao te esqueci, e depois eu vou arrepender de tudo que eu fiz. vou continuar caminhando, bolando outros planos, experimentandos outras coisas, conhecendo novas musicas, novas pessoas. depois vou ver que nenhuma conseguiu te subistituir. vou parar de procurar a felicidade e aí sim alguem vai aparecer, mudando tudo, igual voce fez da ultima vez.

sábado, 5 de dezembro de 2009

alguém me disse certa vez que depois que inventaram desculpas, todo mundo acha que pode viver errando. eu não acredito nisso. acho que pedir desculpas só é suficiente quando o erro não se repete mais. pedir desculpas é se redimir, é baixar a cabeça e admitir que andou fazendo (pensando) o que não era certo. e por isso eu não quero pedir desculpas, porque sei que elas vão soar no seu ouvido como um filme de sessão da tarde: repetitivo, você já sabe o final. eu escrevo uma cartinha colorida, passo uma tarde na sua casa, choro no seu ombro, depois a gente ri, se abraça e fica tudo bem por um certo tempo. mas aí as coisas voltam a ser como eram antes algumas semanas depois. ok, eu também já vi esse filme e não quero convidá-la pra assistir novamente.ontem cheguei cedo em casa, deitei na cama e fiquei olhando pras minhas fotos. há bem pouco tempo atrás elas não estavam ali me fazendo companhia e eu percebi quanta coisa mudou nesses últimos tempos. andei fazendo trocas inconscientes e quando percebi já havia afastado de mim um sem número de hábitos, coisas e pessoas. hoje meu telefone não toca mais insistentemente nos finais de semana, meu celular muitas vezes passa o dia desligado, minha caixa de e-mails nunca está lotada e eu tenho produzido mais no colegio. tenho bem mais amizades virtuais que reais, troquei as baladas alternativas por finais de semana em casa, as conversas jogadas fora por um livro, um filme ou um CD novo, os problemas de outrora pela calmaria da minha paz. eu estou bem comigo mesma, estou dando valor a coisas que eu simplesmente ignorava. tracei minha vida, determinei horários, estudo quando devo, converso quando quero, escrevo quando preciso. hoje tenho liberdade de sair do colegio e ir bater perna por aí se estiver com vontade, de andar sozinha pelas ruas e entrar em lojas baratas pra comprar bobagens, comer pastel de carne até doer, tomar um ônibus diferente pra ir pra casa. fazer o que eu quero fazer. os problemas ainda estão lá, é verdade, mas eles agora só me perturbam nos malditos dias de TPM ou quando algum fator externo me faz lembrá-los, coisas que eu não posso controlar. no início foi complicado, eu achei que estava deprimida novamente. não tinha vontade de sair ou ver ninguém, passava dias inteiros enfiada no quarto lendo, cantando ou simplesmente dormindo e vinha estudar na segunda feira com a sensação de que não tinha feito nada que se aproveitasse de verdade. os telefones tocavam e eu ignorava. os convites vinham e eu inventava uma desculpa qualquer. uma preguiça de viver que me machucava mais do que me fazia bem. as cobranças começaram. quem realmente se importava me cobrou presença. um outro tanto simplesmente sumiu após algumas negativas minhas. e foi aí que eu precisei de alguém pra ouvir um texto novo que eu havia escrito, pra ir pro cinema comigo ver aquele filme que havia estreado, pra falar das coisas do mundo que pareciam mortas pra mim. mas eu não movi um músculo. não fiz qualquer movimento pra mudar isso. continuei lendo sozinha em voz alta os meus textos novos, ou algum interessante que eu encontrava na internet, deixando os cinemas de lado, matando ainda mais as coisas do mundo. e o mais engraçado disso tudo é que eu me sentia bem. eu não sentia falta. o que eu mais queria era ir pra casa no final do dia e assistir a novela das sete e depois ir dormir cedo com o mp4 repetindo a mesma musica. eu me acostumei ao que antes me incomodava e fiz disso a minha nova vida. eu mudei. mudei mais rápido do que pude perceber e eu não escolhi isso. não foi algo que eu decidi, tipo, acordei hoje e agora quero ser assim. não. aconteceu. quando me dei conta muitas de minhas mudanças já tinham ocorrido de forma irreversível. afastei você e outras tantas pessoas que importavam pra mim da minha vida e não deixei que ninguém mais entrasse nela e eu nem se quer percebi isso. claro que as mais insistentes ainda estão por aqui e a elas eu devo muito. afinal, elas aceitaram todos as minhas recusas, brigaram comigo diversas vezes, bateram o telefone na minha cara ou deixaram mensagens grosseiras na minha caixa postal, mas nunca deixaram de me procurar quando sentiram a minha falta. elas aceitaram as minhas crises e a minha nova realidade a duras penas, no meio de conversas sem argumentos e muitas lágrimas pra preencher o que eu não conseguia explicar. elas foram na minha casa, me arrastaram pelo braço e me mostraram que ainda existia vida lá fora, além do meu mundinho pessoal. e eu não quero e nem posso cobrar isso de você porque as pessoas são diferentes. eu não tenho esse direito. a sua vida seguiu a parte de mim e sei que volta e meia a gente se perguntava: ‘o que foi que aconteceu com a gente?’ ‘onde foi que eu errei, afinal?’ hoje eu só queria te dar essas respostas. você não errou. você esperou. eu não errei. eu mudei. nossos caminhos se abriram e a gente tomou outros rumos. hoje eu sou uma pessoa que você não consegue entender, mas que quer manter ao seu lado. hoje você é uma pessoa que eu sempre consegui entender e que ainda quero, sim, ao meu lado. mudar não é fácil, muito menos quando não se espera. as pessoas se afastam de você, não te entendem, cobram que você ressuscite seja lá de onde se perdeu. mas eu mudei e não escolhi isso. existem coisas que não me interessam mais e outras tantas que me incomodam e isso nada tem a ver com o seu comportamento ou com o de quem quer que seja. só tem a ver comigo, com o que eu penso e com o que eu acredito. eu não sei o nome do que aconteceu comigo, nem sei se tem volta, tampouco se ainda existe em mim pedaços daquela menina que você conheceu há a tanto tempo atras. não sei se essa é mais uma crise que eu estou passando e que logo vou acordar e tudo vai voltar a ser como era antes. não posso pedir pra você entender o que nem eu mesma entendo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

entre tantas decepções, tantos arranhões, tantas mentiras, tantas verdades, tanto amor e tanto ódio, eu aprendi que aquele braço nem sempre foi forte, e que a força nem sempre veio acompanhada de um companheiro que me fizesse esquecer, muitas vezes eu tive que esquecer sozinha. aprendi que o coração não se mantem em pé apenas por beijos, e que beijos envolvem muita mais do que eu imaginava. aprendi a sorrir sem estar feliz, e aprendi que muitas vezes mesmo estando feliz, eu não podia sorrir, porque eu me importava demais com a dor alheia para aproveitar minha felicidade. e aquelas lagrimas que me acompanharam, e me acompanham, me ensinaram que eu não precisaria chorar apenas nas horas tristes, horas felizes também se pode conter choro, mais a diferença, é que a tristeza faz a lagrima descer com mais facilidade. aprendi que não precisa ser amor para ser inesquecível, não precisa ser bom, e nem feliz, basta apenas deixar uma marca, uma cicatriz tão pequena, tão grande, tão forte, tão fraca, sem sentido nenhum, mais capaz de destruir corações.