segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Esse medo de cair é recente. Veio acompanhado da alegria momentânea que você causou, mas ficou mesmo foi por causa da distância. É difícil não tropeçar quando todos os rostos na rua são o seu. É difícil quando sua voz me chama de todos os lados. É difícil te esquecer querendo você em todos os outros.


Verônica Heiss.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lembro que todas as noites eu repetia: "Meu Deus, não deixa nada de ruim acontecer com ele." Faziam mais de 3 meses que eu só pedia por ele, só pensava nele, era como se eu deixasse de viver a minha vida e entregasse ela nas mãos dele, para ele fazer o que quisesse. E continuava ali do lado, mesmo se o que ele estivesse fazendo fosse completamente errado. Até que chegou um momento em que o que eu mais queria era que as coisas mudassem e isso finalmente aconteceu, mudaram pra mim e mudaram pra melhor. E sem irônias e falsos votos, quero que elas mudem pra ele também. Quero que ele viva um amor, assim como eu vivi o nosso, sozinha, mas vivi, e sozinha nos meus pensamentos tive momentos maravilhosos do lado dele. Quero que ele viva um amor de verdade, que mexa com as estruturas dele, assim como o meu amor por ele mexeu comigo. Quero que ele tenha uma vida boa, uma vida linda. Mas ainda acho que daqui uns dias ele vai entender que isso que ele está sentindo pode ser tudo, menos o que ele pensa que é. Só espero que ele guarde uma lembrança boa de mim, pois é o que eu vou guardar dele. Lembranças. Nós não vamos saber como essa história termina, porque ele teve medo de começar. E preciso lembrar: O medo foi todo dele. Portanto, espero que um dia ele aprenda a não ter medo de tentar. E quanto à mim... Bom, eu sinto muito, por não sentir mais nada.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Algumas coisas na vida são incompreensíveis. Eu me declaro ao mundo, sussurro o que sinto, grito, suspiro de amor. Alcoolizada, de ressaca, dormindo, lendo ou sonhando, você ainda está na minha cabeça. E eu sussurro outra vez. Espalho pelos cantos, pelos ouvidos alheios o que estou sentindo por você, pois nem eu sei lidar com isso. E então, quando eu penso que o encanto acabou, bem depois da meia noite, mas acabou... Você vem, de forma inconsciente, inconsequente e me manda algo que eu jamais esperava. Pode ser mínimo, mas foi pra mim. E esse soar, essa acústica, esse batuque de dedos compondo essa melodia... Ah, faz meu coração bombear o sangue milhões de vezes mais rápido, outra vez. Outra vez. E nessa hora percebo que o encanto da meia noite nunca vai acabar. Te suplico, pobre coração: me ensine a lidar com isso.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Você vem, vai, vem de novo, volta... fica! São dias resumidos em lembranças. São lembranças vindas de forças. Forças que resultam em esperança. A esperança única em olhar seus olhos e deixar naturalmente que os meus digam tudo o que você sempre quis ouvir. Eu preciso de uma redenção. Eu preciso estar livre pra te encontrar. Há uma vida que eu mais protegi. Uma vida que eu sempre velei, cuidei melhor do que a mim mesma. Mas eu tive que me conformar com o caminho que a vida me reservou. O destino afastou diretamente você de mim. Mas ele nunca o afastará do lugar que você sempre insistiu em ficar. E só de pensar o quanto nos perdemos, o que você foi capaz de me ferir. O quanto eu também fui capaz de me ferir. Não poderia existir outra coisa pior do que o lado triste dos sentimentos. Tempos sombrios... o sentimento da ausência, da saudade. A saudade é capaz de destruir um olhar. Me lembro sempre que não importa as circunstâncias, eu estarei disposta a me jogar em seu jogo pra vencer. Não me importo tanto com as quedas... sua mão estará estendida pra me ajudar a levantar. Assim eu queria... E sabe? Também já não importa se ao redor do fogo só restam cinzas... Definitivamente só irá entender quem se queimou. E estas cinzas, são o que restou. Por mais que eu coloque um ponto final, sempre existirá um novo parágrafo pra nós. Porque depois de tanto tempo, posso ver que ainda há uma coisa que não consigo decifrar. Ainda há cartas que o destino esconde... Quem sabe um dia ele as põe sobre a mesa?