domingo, 1 de novembro de 2009

hoje uma série de coincidências fatídicas me levaram a refletir sobre o perdão. eu que sempre achei que eu tivesse uma grande capacidade de perdoar, passei a questionar o que seria isso. essa coisa que é bíblica, que cantam os poetas, que faz chorar os arrependidos. a princípio, a questão do perdão somente me perturbou, pois hoje ouvi falar dele de uma forma tão mais real, de uma necessidade humana para adaptar-se ao meio ambiente, questão de seleção natural e nada que envolvesse vida eterna e salvação. o meu moralismo religioso fez questão de perguntar: mas e os anjinhos?, as trombetas?. enfim, evolução ou não, de fato o perdão é importante e esquecendo darwin, o que é perdoar? e se alguém sabe, manifeste-se logo, pois depois da perturbação inicial, a vida jogou na minha cara que o perdão precisa ser praticado. se minha mãe estiver certa, perdoar é esquecer, porém realmente dá pra esquecer algo que te fez tão mal, que te empurrou garganta abaixo dores e mágoas? pra mim, isso é bondade demais e com certeza, não faz meu gênero. então, disseram que é lembrar sem mágoa, sem chorar, sem sofrer, simplesmente lembrar e não sentir mais nada. aí entra a ação do tempo, dos amigos e de tantos textos. porque enquanto te fazem engolir tanta coisa ruim, a soma de tudo aquilo que é bom te faz regurgitar pouco a pouco e assim quem sabe, chega-se ao lembrar sem mágoa, a vida eterna, a Deus te recebendo de braços abertos. ou não, você apenas sobrevive. mas, uma coisa é certa: perdão não significa recomeço.

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