domingo, 24 de janeiro de 2010

Os erros de nós dois, não houve quem mais errou. Os dois erraram em vários conceitos, e o pior e principal foi o de tentar justificar erros antigos com novos erros. Tudo que queríamos era argumentar, para nos livrarmos de possíveis erros cometidos. Talvez jogando a culpa para cima do outro, isso seria possível. Mas e a consciência? Chegamos à tal ponto, que a bomba não explodiu de um lado só. De que valeu ter argumentado tantos erros, ter se livrado de culpas, talvez... Se no final, os dois saíram machucados? Já não importa quem errou, e sim, quem assumiu e soube perdoar os erros. Nenhum dos dois, no caso. Nossos corações ainda não estão preparados para perdoar, e talvez, para se aventurarem de novo. Os erros ainda continuam gravados em nós, e nos fazem querer fugir do sentimento que insiste em nos atomentar. Até onde o amor é bom? Quando ele passa a ser um tormento? Suponho que o amor é bom enquanto faz o casal feliz, e ao longo do tempo, a intolerância desordenada, pode torná-lo um tormento. Erros são comuns, afinal, ninguém é perfeito. Mas eu não queria ter errado, nunca. Queria ter saído limpa da história, sem culpa... Tive que errar para aprender à acertar algum dia. Não me arrependo de nada que tenha feito, ao todo só restaram lembranças. Sendo elas boas ou ruins, carrego aqui no peito, junto à feridas que ainda estão abertas. Não sei em quanto tempo se curarão, muito menos se irão se curar... Eu só quero poder conviver com isso, e me deixar viver, sem nenhum remorço, sem a tristeza constante, choros desesperados... Preciso sobreviver!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando nos esbarramos, sequer olhei para você. Você não fazia o meu estilo e acho que você nunca fez. Você gostava de música pagode e eu de rock. Seus amigos me chamavam de pirralha e você no começo não discordava deles. Você me olhava de longe, disfarçando. Seus amigos me odiavam, mas isso já não mais acontecia com você. Não mesmo. Quando conversamos pela primeira vez, eu te achei engraçado. Você tinha uma estranha mania de gostar de me fazer rir. E conseguia. Eu tinha visto em você um amigo, você tinha visto em mim um amor. Seus amigos odiaram tudo isso. Mas eu parecia tão frágil. Eu te fazia sentir mais forte e você de alguma maneira gostava disso. Aos poucos eu fui me acostumando com você e você foi se viciando em mim. Você me chamava de anjo, mas eu nunca soube voar. Hoje me lembrei de você, sem por que. Por favor, você sabe muito bem qual será minha resposta: eu nunca soube dizer sim ou não, minhas dúvidas sempre te incomodaram. Sempre. Fui um enigma em sua vida, mas enigmas não foram feitos para serem descobertos, foram? Você sempre me cobrou respostas, mas eu nunca consegui atender a seus pedidos e isso acabou com agente. Tenho certeza que você culpou as mudanças, mas elas não mudaram nada. Confesso que sempre tive medo do arrependimento, nunca te enganei, apenas deixei as coisas de lado. Mas uma coisa eu aprendi, mesmo que consigamos esquecer alguma coisa, alguma coisa nunca nos esquecerá. Aos poucos a magia foi acabando, você me culpava por não ser mais a mesma e eu permanecia em silêncio. Talvez esse tenha sido meu único erro. Mas agora é tarde para arrependimentos. Eu não sou a mesma de antes e nem quero mais ser. Você me chamava de egoísta, dizia que eu me julgava perfeita... Mas era você quem sempre errava. Você sabia que nunca encontraria alguém como eu e isso foi o que te prendeu a mim por muito tempo. Não ache que escondeu isso de mim. Dizem que o desprezo e a saudade podem trazer um pouco de nostalgia. Por isso meu bem eu escrevo todos os dias para que você se esqueça aos poucos de mim.